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sexta-feira, 25 de março de 2011

Moreira Chonguiça em causas sociais



Acções de um saxofonista

Contrariamente ao habitual, Moreira Chonguiça deixou em casa o seu saxofone, para tratar de causas sociais. Na tarde de ontem, esteve na Escola Comunitária Armando Emílio Guebuza, onde é patrono, para dar uma “aula” sobre como conservar uma escola. A mesma visava, dentre vários pontos, auscultar as preocupações dos estudantes e ajudá-los na busca de soluções. Estamos a falar de uma escola cuja construção foi financiada pela “Vodacom Moçambique” no âmbito do projecto “Olhar de Esperança”, inaugurada em Maio de 2007, mas que hoje apresenta paredes sujas e carteiras destruídas. Na verdade, este estabelecimento de ensino está a sofrer do efeito “pobreza mental”, facto que é reconhecido pelos próprios alunos. E foi com vista a mudar este cenário que Moreira Chonguiça se deslocou ao local, com o intuito de incutir nos pupilos a responsabilidade de cuidar da mesma e pararem de lamentar. Escola Comunitária Armando Emílio Guebuza, localizada no bairro de Chamanculo, na cidade de Maputo, tem, para além de outros blocos, 30 salas de aulas. Lecciona da 8ª à 12ª classes, em cursos diurno e nocturno. De salientar que de alguns anos a esta parte, Moreira tem estado envolvido com a agência de HIV/Sida das Nações Unidas em Maputo e compôs uma canção para o Dia Mundial da Sida em 2009, que foi executada perante o Presidente de Moçambique. Em 2010, com a assistência de uma equipa cinematográfica brasileira, foi produzido um vídeo da canção.

terça-feira, 22 de março de 2011

Ex-ministro Interior Almerino Manhenje condenado a dois anos prisão

Almerino Manhenje

O ex-ministro do Interior, Almerino Manhenje, foi condenado esta terça-feira a dois anos de prisão pelos crimes de abuso de funções, violação da legalidade orçamental e pagamentos indevidos.

A sentença foi preferida no tribunal judicial de Maputo, cerca das 13h15, e condenou na mesma pena e pelos mesmos crimes os dois outros réus: Rosário Carlos Fidelis e Álvaro de Carvalho, ex-quadros superiores do Ministério do Interior.

Manhenje, ministro do Interior entre 1996 e 2005, no governo do então Presidente Joaquim Chissano, foi inicialmente acusado pelo Ministério Público da prática de 49 crimes, mas no despacho de pronúncia o juiz reduziu tudo ao crime de desvio de fundos, cujo valor ronda os 1,2 milhões de meticais.

Fonte: Jornal @verdade 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mingas prepara gravação do segundo disco a solo



Não há ainda data de lançamento prevista

A cantora moçambicana Mingas já está a preparar o seu segundo disco. O facto foi revelado após a “Diva da Marrabenta” oferecer dois concertos, no passado fim-de-semana, integrados no Festival “Mozambique En Musique”, promovido pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano.

Sem revelar datas do lançamento do seu segundo CD a solo, Mingas disse que “já estamos a trabalhar na gravação do novo disco que vai expressar o melhor conhecimento e entrosamento com a banda, por isso se baptizou este agrupamento de Vuka, que significa acorda, desperta, e isso dá-me esta energia que tenho”.

Os temas deste novo disco vão versar sobre o dia-a-dia dos moçambicanos, abordando a pandemia do HIV Sida, a liberdade e a convivência entre os povos.

O primeiro CD de autoria de Mingas leva o título de “Vuka África” e conquistou muita simpatia do público moçambicano. O mesmo tem 13 faixas, de entre as quais registos de temas gravados aquando da sua integração no Grupo RM, Orquestra Marrabenta Star de Moçambique e Amoya.

Instada a pronunciar-se sobre os dois concertos de sexta-feira e sábado, Mingas disse que “foi um concerto fantástico, não esperava esta reacção do público, mas é o que nós sempre desejamos apesar de nós nunca sabermos se de facto vai acontecer como o planificado. Não há palavras que possam expressar o meu sentimento e a minha emoção por saber que o público que veio queria me ouvir e estava com saudades da mesma maneira que eu tinha saudades do público”, disse Mingas sobre os dois concertos.

Para além da gravação do novo disco, Mingas tenciona para este ano de 2011 dar a volta a Moçambique, fazendo concertos por todo país, justificando este seu desejo afirmando que “Moçambique não é só Maputo e é pena quando nós apenas ficamos pela capital por falta de condições financeiras”.

Como embaixadora das Nações Unidades, Mingas continuará a promover a campanha com vista a que se atinjam os “objectivos do desenvolvimento número quatro, que está relacionado com a redução da mortalidade infantil. Há muita coisa a fazer no que se refere à promoção de bons hábitos da saúde materno-infantil”.

Referir que Mingas iniciou a sua carreira musical aos 8 anos de idade, na Igreja Metodista Unida, quando integrou o grupo coral local e, desde essa altura, tem palmilhado vários palcos nacionais e internacionais. Já cantou ao lado de figuras como Miriam Makeba, Harry Belafonte, Hugh Massekela, Paul Simon, Manu Dibango, entre outros.

Texto e foto: Alfredo Lituri

15 de Março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Poesia moçambicana chega ao Brasil

Mia Couto

O escritor é presença constante nos eventos literários realizados país afora. Agora, a Editora UFMG quer fazer o mesmo com a poesia, esta sim inédita para a maior parte dos brasileiros.

Pensando nisso, o escritor nacional acaba de lançar, a Colecção Poetas de Mocambique, uma obra que contou com organização da portuguesa Ana Mafalda Leite e do brasileiro Wander Melo Miranda.

Os dois primeiros títulos publicam poemas de Rui Knopfli (1932-1997) e de José Craveirinha (1922-2003), e os outros dois, com textos de Glória de Sant’anna e Luís Carlos Patraquim, prevendo-se para o próximo ano a sua aparição no mercado.

A colecção foi apresentada no Fórum das Letras de Ouro Preto por Roberto Said, vice-director da Editora UFMG.

O caminho vai ser árduo, mas isso não desanima a editora. “O leitor de poesia é sempre um clã clandestino e essa colecção é dedicada aos bons leitores de poesia. É uma tentativa de trazer ao país um pouco da poesia feita na terra de romancistas já consagrados, mas de poetas inéditos”, disse Roberto Said, que pretende, com o tempo, ampliar a colecção.

“A nossa ideia é trabalhar com a literatura africana em língua portuguesa e há potencial aberto para fazer o mesmo com os poetas de Angola”, sublinha.

Para Ana Mafalda Leite, professora e pesquisadora de literatura africana de língua portuguesa, a literatura é feita de romance e de poesia e a poesia moçambicana é de uma enorme qualidade. “É um pouco dramático ver que só o romance moçambicano tem um leitor, e o que essa editora está a fazer é um enorme trabalho em prol da literatura africana”, disse.

A ideia dessa colecção nasceu de um encontro com o também professor Wander Melo Miranda, da UFMG, em 2006, e porque era escassa a bibliografia para adopção em sala de aulas. “O estudo da literatura africana está a crescer nas universidades brasileiras e ter matéria-prima é primordial”, comentou Ana.
Roberto Said disse que pretende promover lançamentos em Portugal e em Moçambique, que provavelmente serão realizados durante algum seminário preparado especialmente para apresentar as novas obras.

AUTORES
Rui Knopfli e José Craveirinha (1922-2004) são os fundadores da poesia moderna africana e nada mais justo que a escolha dos dois nomes para o lançamento da colecção. “Craveirinha é mais nativista e Knopfli, mais universal. Eles são os dois maiores marcos da poesia moçambicana”, comentou a Ana Mafalda Leite.

Glória de Sant'Anna é, segundo Ana Mafalda Leite, a voz feminina da literatura moçambicana. Ela começou a escrever nos anos 60 e morreu recentemente. “Ela tem uma obra diversificada, sofreu influência de autores brasileiros como Cecília Meireles, e transita entre o bucolismo e a poesia local”.
Já Luís Carlos Patraquim é uma voz representativa e é o único vivo entre os quatro. Querem trazê-lo ao Brasil em Abril de 2011.

segunda-feira, 14 de março de 2011


A Marinha de Guerra Indiana anunciou hoje a detenção de um grupo de 61 piratas fortemente armados, bem como o resgate de 13 tripulantes que eram mantidos como reféns a bordo do barco de pesca moçambicano “Vega 5”, no Mar Arábico, a 600 milhas náuticas (cerca de 1.111 quilómetros) a Oeste da costa indiana.

“Na noite de 12 de Março de 2011, cerca das 21 horas, o INS Kalpeni (navio de guerra indiano) interceptou um navio mãe-pirata com o nome de 'Vega 5', no Mar Arábico, cerca de 600 milhas náuticas, a oeste da costa da Índia. Foram resgatados 13 membros da tripulação e detidos 61 piratas”, lê-se num comunicado da Marinha de Guerra Indiana.

Enquanto isso, decorrem investigações para apurar a identidade dos tripulantes e dos piratas que, actualmente, se encontram a guarda das autoridades indianas nas cidades de Mumbai e Kochi.

Questionado hoje pela AIM, o Ministro das pescas, Victor Borges, disse que as autoridades moçambicanas já estão a par do assunto, estando actualmente a estabelecer contactos com a embaixada moçambicana na Índia, para apurar mais detalhes.

“Temos conhecimento do assunto, e estamos a manter contactos com a nossa embaixada na Índia para apurar mais pormenores”, disse Borges.

A operação do resgate da tripulação do 'Vega 5' e da detenção dos piratas surge dias após o governo indiano ter anunciado medidas para aprimorar as operações de combate a pirataria no Oceano Índico e alargar as suas operações ofensivas em conformidade com a legislação internacional.

Sobre a operação, o comunicado explica que, Sexta-feira ultima, um avião de patrulha do tipo “Dornier” recebeu uma chamada do navio MV Vancouver Bridge que, na altura, era alvo de uma tentativa de sequestro.

O avião localizou o 'Vega 5' e quando os piratas se aperceberam da presença da aeronave da marinha de guerra indiana, abortaram imediatamente a operação tentando-se escapulir daquela região.

Contudo, o avião de patrulha continuou a seguir os movimentos do Vega 5, tendo as autoridades indianas enviado para o local duas corvetas, nomeadamente o “Khukri” e “Kalpeni” para interceptar o 'Vega 5'.

Na noite do último Sábado, o Kalpeni aproximou-se do 'Vega 5' e, a meio da noite, os piratas abriram fogo contra o Kalpeni que, por seu turno, ripostou ao ataque.

Na ocasião, o 'Vega 5' pegou fogo, tendo a marinha de guerra resgatado do navio em chamas 61 piratas e 13 membros da tripulação.

Os piratas transportavam consigo cerca de 80 a 90 armas de fogo ligeiras e algumas armas pesadas, tais como lança roquetes.

Segundo o governo indiano, o 'Vega 5' constituía um risco para a marinha internacional nos últimos quatro meses, tendo sido usado em várias operações de pirataria.

O Mar Arábico é uma das principais rotas do tráfego internacional, razão pela qual a segurança da mesma se reveste de importância vital para o comércio internacional.

A Marinha de Guerra Indiana tem estado a conduzir operações contra a pirataria marítima na região do Golfo de Áden desde Outubro de 2008.

O 'Vega 5', propriedade da empresa Efripel Lda e que era operado pela Pescamar Lda, foi dado como desaparecido a 27 de Dezembro de 2010, ao largo da costa da província meridional de Inhambane, com 24 tripulantes a bordo, dos quais 19 moçambicanos.

Dias mais tarde o referido barco foi reportado como tendo sido localizado navegando em direcção a Somália.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Medicamentos à conta-gotas



A falta de fundos comprometeu o alcance de alguns indicadores de desempenho no ano passado em áreas como saúde da mulher e criança, vacinação infantil, tratamento anti-retroviral infantil, redes mosquiteiras, prevenção da transmissão vertical e retenção de recursos humanos, entre outras.
Na realidade, o abastecimento de medicamentos e reagentes para a tuberculose e HIV, testes de HIV e redes mosquiteiras, segundo dados tornados públicos ontem, em Maputo, no decurso da avaliação conjunta anual do desempenho do sector da Saúde, é feito através do Fundo Global, cujos desembolsos em numerário terminaram em 2008. Desde então os mesmos têm sido feitos em espécie, cabendo ao Ministério da Saúde (MISAU) a planificação das necessidades.
Por várias razões, o MISAU não conseguiu cumprir atempadamente com as exigências, o que afectou os stocks de testes rápidos, medicamentos para o HIV e a tuberculose. Em 2010 foi recebido o equivalente a 20 milhões de dólares em testes rápidos (malária e HIV) e reagentes de laboratório, quantidade considerada insuficiente para as necessidades. Este valor é parte de 80 milhões de dólares em fármacos que vão continuar a chegar ao país este ano.
No ano passado estava prevista a libertação de fundos para o programa de tuberculose e sistemas de saúde. Todavia, houve morosidade na apresentação do relatório financeiro por parte do MISAU, acabando por prejudicar o desempenho dos indicadores relativos à percentagem de mulheres grávidas que recebem pelo menos uma rede mosquiteira na consulta pré-natal e HIV positivo, acedendo aos anti-retrovirais nos últimos doze meses para a prevenção da transmissão vertical, assim como do programa da tuberculose, que tem no fundo global a maior fonte de financiamento.
“Naturalmente que estas ocorrências obrigam a esforços de reprogramação que se reflectem sobre os já escassos recursos humanos disponíveis. Estes choques contra um sistema de saúde tão frágil representam verdadeiros sismos. Neste quadro, a área de medicamentos sofreu também um grande abalo em termos de armazenagem e distribuição”, indica a avaliação a que a nossa Reportagem teve acesso.
No geral, a situação é descrita como sendo preocupante, porquanto a exiguidade de fundos tem vindo a agravar-se sucessivamente desde 2008.
O encontro de ontem, o primeiro do comité de coordenação sectorial, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Manguele, tinha em vista a avaliação conjunta do desempenho do sector.
 O governante reconheceu, porém, que apesar dos progressos registados nas várias áreas será preciso melhorar a logística de medicamentos e reagentes, incluindo a recolha e processamento de dados de rotina.
“A área de medicamentos é fundamental para a credibilidade do Serviço Nacional de Saúde. Contudo, do ano passado até esta parte têm ocorrido algumas faltas”, indicou.

Fonte Jornal Notícia

Frases sobre Dor

"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, ou uma hora, ou um dia, ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma outra coisa tomará o seu lugar. Se eu paro, no entanto, ela dura para sempre." (Lance Armstrong)